sabia que precisava fazer algo, mas não conseguia pensar.
caminhou pelos corredores da faculdade até que avistou uma grande porta, dando para um estacionamento aberto e algumas caçambas de lixo. não sabia o que devia fazer, só que tinha muita beleza nos entulhos sob o sol.
a luz do meio-dia quase a cegando brilhava sobre uma lixeira em particular, carregada de pedaços de madeira e móveis destroçados.não se conteve, caminhou um pouco mais, curiosidade e uma sensação de estar acolhida, algo que lhe lembrava um lar. parada, diante dos despedaços da sua universidade, viu uma mesinha, atarracada e de uma extrema simpatia, quase rindo.hesitou por pura coerção social. queria se jogar e abraçar a pequena mesa, sem defeitos aos seus olhos.
- Boa tarde! Quer ajuda? - uma voz estranha interrompia um raro momento de intimidade.
- Ah! Boa tarde.
- Quer que eu pegue alguma coisa pra você daí? - o guarda solicito.
- Ah, er, quero sim. Essa mesinha.
-Deixa eu ver...É, eles jogam umas coisas fora muito boas pra vocês, né? hahaha.
sabia que os outros alunos costumavam pegar coisas no lixo para levar até o ateliê, a surpresa irracional.
e ele pegou a mesa, ofereceu levá-la até o seu espaço de trabalho.
agradeceu, o pequeno objeto agora sem valor a seguindo rumo a um novo dia sem nada especial.
(também no blog escadas histéricas)
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
2 comments:
Esse foi o primeiro texto teu que eu li.
De alguma forma, sabia que te amaria um dia! (ei, me deixa ser piegas em paz, tá?)
weh,
que eu saiba vc começou a se dissipar numa fumaça virtual.
culpa foi minha não.
Post a Comment