Wednesday, August 30, 2006

[Tirinha Snoopy]

"-Estas pedras são uma liberação para minhas emoções Reprimidas.
-Quando me sinto tenso, fico aqui e jogo pedras nesse terreno baldio.
...
-Olha, Charlie Brown, seu cabeça-dura.
...
-Às vezes eu acho que sou um terreno baldio."

Friday, August 25, 2006

vamos falar de arte! - Resposta Coment.(Last Post)

erica said...
NÃO!!!Anne, não acredite nessas besteiras...Essa coisa de arte e aprender arte é tudo mentira...
Eu venho separando todas as pessoas que eu conheço como artistas e não-artistas, com o meu prórpio conceito de Arte.
Descobri que a maioria que se preocupa em aprender Arte, não é artista.
Por exemplo:Érica: não é artista
Anne: não é artista
Minha prof. de matemática: é artista.
(a maioria dos professores de matemática são artistas).
em fim, pessoas como Holden Caulfield por exemplo, são artistas natos!!!
não é que tenham aprendido alguma coisa...
talvez não tenham aprendido coisa alguma...
mas são artias pelo seu modo de ver a vida, coisa que tem desde que nascem......
olha, quem sabe viver e encarar a vida e as coisas do jeito certo é, sem dúvida, o maior dos artistas. e é meu ídolo tb.
8/25/2006 9:22 AM
erica said...
um exemplo mais concreto....Bob Marley: é artista.PJ Harvey: não é artista.não sei se deu pra captar.



Anne said...
Eu penso assim:

Eu não sei se tem um jeito certo de encarar a vida, até acredito que seja variável, como a verdade, e que por isso seja uma afirmação errada a de que artista seja quem encara a vida da forma certa. Pra mim, pelo menos, artista pode ser aquele que ENCARA a vida, seja lá como for.
Concordo que arte não é uma coisa que se aprenda, é mais uma coisa que se desenvolve, como o conceito.
Um professor da EBA uma vez falou a parada que mais falou comigo até hoje sobre arte: "Existe artista, e existe trabalhador de arte". Acho que é bem isso mesmo. Não acho que alguém faça arte, acho que é feito trabalho de arte.
A arte está em mim, e está no mundo, espalhado como um pózinho de fada. Quando a arte que está em mim encontra a arte que está no mundo e se exprime em uma parada material, que basicamente é como a arte em mim vê a arte no mundo, surge o trabalho de arte. Talvez por isso os trabalhos que eu realmente goste sejam aqueles que tenham a ver com toque, com cheiro, com algo mais concreto e realmente material. A arte pra mim pode ser subjetiva, mas trabalho de arte não.
Como diria um amigo meu, "eu só pego todo esse lixo e ponho dentro do meu coração. (Ou no chão do quarto, no armário, gaveta, pastinha...)
Também vejo arte como algo extremamente ligada a conceito, talvez por essa idéia de ser a forma como a arte de cada um interpreta a arte do mundo, e por isso não aceito muito bem trabalhos que não note o conceito. Não estou conseguindo explicar direito, um dia a gente conversa sobre isso, mas se parar pra pensar vai ver que tem relação.

Não me acho artista, nem trabalhadora de arte, eu usei "eu" só pra não ter que mencionar um nome aleatório.
Também concordo que quem tente aprender arte não seja artista, não acho que arte dê pra aprender, mas que você desenvolve tendo contato com trabalho de arte, sim.
Eu não sou artista, sofro de um terrível mal, que é o "Complexo de ar(/u)tista". - Basicamente, é aquela terrível mania que as pessoas tem de querer explicar a arte de forma imaterial (como palavras e idéais) e tenta justificar e entender qualquer trabalho de arte, que as vezes foi feito por qualquer motivo imbecil. Às vezes pra ser bonito, às vezes pra chocar, às vezes pra explicar, às vezes apenas pra 'ser'. Não me importa qual o conceito, eu sempre tento ver, e sempre tento explicar, e se não acho, não gosto. (por isso autista)

A idéia de que um cara como Holden Caulfield seja artista faz muito sentido no âmbito de que ele talvez não tente explicar nada, afinal, talvez ele nem saiba nada. E ele é trabalhador de arte no sentido de que o que ele faz é materializar o que tem nele, junto com o que tem no mundo, mas minha doença é tão séria que torna difícil eu conceber tudo isso.

A idéia de arte que eu mais admiro é o conceito de pegar um objeto qualque, qualquer coisa que seja material. Pode ser uma madeira, um papel, uma lata, um saco plástico... Qualquer coisa e passar muito tempo com ela. Tempo suficiente pra começar a "interferir" no objeto. Modificá-lo, adaptá-lo até ele se transformar em algo que me faça captar o que está no trabalhador e no que eu vejo todos os dias. Ou seja, eu curto "intervenção urbana" e "street art".


[Embora a idéia do meu amigo de fazer uma peça manchando de vômito colorido uma lona branca - idéia que ele teve depois que o irmão dele teve uma ressaca misturando cerveja e jujuba - seja sensacional]

Thursday, August 24, 2006

Live Journal.

http://anne-non.livejournal.com/

Achou o que? Que eu ia fazer um post cheio de referências e incrivelmente denso sobre a superesposição da internet, de como a minha vida foi levada (voluntariamente) desde que me viciei nessas ferramentas demoníacas que fazem a internet divertida?!

Não, é só pra dizer que fiz um livejournal mesmo. E que assim que puder eu vou aprender a mexer em html só pra fazer uma template linda pro meu blog e um layout sensacional pro livejournal.

Aliás, estou trabalhando igual a um cão de camponês hoje. Passei toda a manhã entre boletas bancárias e trbalho de pesquiza de moda sobre o luxo.
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Você acha que o luxo na moda sobrevive no mundo globalizado do séc. XXI?

É claro que sobrevive. O luxo hoje é feito de conceito, e não mais dos previsiveis materiais nobres ou de extravagâncias orçamentárias.Luxo hoje em dia vem do raro e do exótico, do design, dos avanços tecnológicos e, sobretudo, da hipermaleabilidade.
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O que esqueci de falar é como hoje o conceito custa caro.

Desci até o Centro Cultural dos Correios - acredite se quiser - pra pôr uma carta. Passei por umas peças de uma tal de Fabiana não-sei-o-que-lá que fez um dos trabalhos mais feios que eu já vi.
Pra começar, a mulher só faz quadros. E também ela trabalha com uns materiais orgânicos que me deram nojinho.
A primeira peça que eu vi era uma mancha que lembrava uma estrada e um dia nublado. Era feita com areia, cinza, fuligem, uma estopa (que lembra meu cachorro antes da tosa), uns gravetos... coisa bem natureba mesmo, que deu a sensação de lixeira de cozinha. Aquela, cheia de material orgânico degradando, que você jamais meteria a mão.
E os trabalhos eram todos assim. Uma coisa meio "Monnet", só que altamente biodegradável (não que eu saiba o que isso significa) e muito feia. Ela fazia paisagens batidas, de linha de trem a pôr-do-sol, apenas.

Na Candido tá rolando uma expo também: "Jogos Geométricos". Os trabalhos são todos grandes, coisa de designer mesmo. Todos em preto- e-branco, trabalhando com figuras muito bem ordenadas. Um trabalho limpo, mais voltado pra decoração do que para interpretação. Minimalista e cru. É o tipo de trabalho que eu vestiria.

Recomendo. Aliás, recomendo que todo mundo corra atrás de qualquer exposição de arte (especialmente se for no CCBB). Aprendam tudo que puderem, cresçam o máximo no seu curto período de vida e, não que vá fazer diferença, mas se dediquem a amar essa realidade subjetiva tão conhecida como arte.

[Tá, coisa de newbie babaca com complexo de ar(/u)tista]

mas quem nunca quis fazer um post imbecil só pra pôr banca?
o/

mesmo assim eu fiz.

Wednesday, August 23, 2006

" The Passenger"

Ouvindo "Lunachicks" como me é devido, tava divagando sobre como as pessoas no Centro da cidade são engraçadas.
Meu horário de almoço e eu fui comer alguma coisa na rua. Passseava numa feira de livros quando um homem gordo de voz rouca que anunciava"bola treze, bola treze. hoje vai dar treze.bola treze,bola treze..." agarrou meu braço e começou a dizer que eu ia ganhar, eu merecia ganhar. Só pelo meu sorriso (de desepero). Segundo ele tinha algo a ver com hoje ser dia 23 e eu ter passado embaixo de uma placa...Aí eu murmurei que "Não acredito nessas coi..." E ele sumiu!

Continuava meu caminho na busca do livro encantado, com meu copinho de 700 calorias pra comer de colherzinha e um colombiano queria que assistisse uma palestra de cinco minutos com o tema "O que você faria se não houvesse mais porque?". Não, eu não entendi.
Também não fui ver palestra nenhuma. Eu meio que sei o que eu faria se não houvesse porque.
Ia achar um nome foda e virar filósofa, que nem Sócrates.

Aliás, hoje tem palestra com o Dahmer, o cara que escreve os "Malvados" na "Da Vinci", do lado meu trabalho. Eu não vou também porque tenho que estar na faculdade na hora.

E levei empurrão de uma muher gorda com as sobrancelhas desenhada. Ganhei uma flor de um cara que tava coçando o nariz com o dedo médio (que era seu único dedo), Quase fui atropelada por uma criança carregando um Hitler de pelúcia (meu novo sonho de consumo) e vi um homem com um pato embaixo do braço.
O mais incrível é que nenhuma dessas pessoas dá a mínima pra mim. Elas passam por mim como se eu fosse mais um poste, um poste onde ela podem colar cartazes, fazer propaganda, manchar, fazer arte...mas um poste ainda assim.

Claro, eu passo aqui todos os dias, vejo sempre os rostos preocupados, concentrados, estressados, coisas estranhas, programas freaks e nunca presto atenção. É difícil se ligar e muita coisa num lugar em que se consegue fazer uma refeição de duas mil e duzentas calorias por apenas R$ 3,00. (Com direito a suco e sobremesa).

E acho que isso prova por A+B, que eu não sou uma das pessoas que merecem um post inteiro.

Tuesday, August 22, 2006

Lamentavelmente eu perdi meu blog, o burning motion.
nã sei como isso aconteceu. eu tentei entrar pra postar e tinha esquecido o username.

simples assim, esqueci meu nome.

falo mais depois, só queria ter um blogspot.