Monday, July 26, 2010

cinco coisas sem as quais eu consigo viver sem.

li e falei muitas vezes sobre como é estar namorando e as lamurias de nunca mais ter "a primeira vez". a falta do desconhecido, o saudosismo de cheirar pela primeira vez a pele, de se surpreender com um movimento e só não-saber excitam a imaginação de um modo que o companheirismo, a intimidade e ritmos encaixados não fazem.
e sei quais minhas queixas, muito menos subjetivas do que costumo remoer: sinto falta de comer azeitonas, de woody allen, tempo livre e passar tardes nos centros culturais da cidade com roupa de praia. e às, vezes, muito de vez em quando, sinto falta de malboro light.

Saturday, July 17, 2010

equilibrio

são dias sem contar as horas, sem perceber a passagem do tempo. a angústia da estagnação me fere bem no peito, são murror secos e impiedosos, que me acordam e roubam minha energia na mesma ação.
sou motivada pelo meu coração a agir sem nenhum direcionamento. revolta do aprisionamento transbordam em meu olhar, palavras, suspiros cheios de tédio e ira.
meus velhos conhecidos dançando a minha volta, me incitam a odiá-los e a odiar tudo o que me tornei, como se além das minhas escolhas estivesse o maldito acaso, brincando comigo, maior do que eu.

jamais serei como vocês, não consigo participar. fui condenada a observar sem interferir, não importa o que faça. tudo o que faço é bobo, minha dança é patética, meus porres dispensáveis, minhas interações esquecíveis. há um equilibrio de viver sem existir.

nunca serei uma de vocês.