Wednesday, December 30, 2009

the end has no end.

eu sei que nada é eterno. sempre soube.
é burrice minha insistir em crêr, esperança vã. tudo se renova, ou se destrói.
estamos nos destruindo. buscamos ser o mesmo do principio, o mesmo de sempre, porém ruimos na tentativa.

meu coração está comprimido, pequeno. meu rosto fica quente a qualquer segundo que lembre do seu nome, as lágrimas prontas pra escorrer.
é dolorosa a expectativa, saber que vai acabar a qualquer momento e tentar antever o instante em que vamos deixar de existir juntos.
não paro de pensar no assunto, não paro de chorar. meus movimentos ficaram contidos nos ultimos dias, nem articulo os braços nem dou passadas com liberdade. nunca mais respirei profundamente.
ajo como se estivesse sobre um campo minado, contenho movimentos ao máximo e fico ansiosa pra saber de onde virá a próxima explosão.

fui burra, comecei uma coisa que eu já sabia o final. perdi meu tempo cometendo os mesmos erros e construindo a mesma velha história.
o fim não tem fim.

Friday, December 04, 2009

dust.

você conhece a sensação, quando tudo está prestes a mudar?
o seu mundo parece frágil, tudo prestes a ruir em pouquissimo tempo. todas as coisas construidas.
pó.
repenso no que me trouxe aqui, o que temo perder.
por isso mudanças são tão dolorosas, eu não suporto perder nada, ninguém gosta.

ando me esforçando para lembrar como era antes de tudo se tornar dificil, antes de me machucar.
é por isso que odeio mudanças, eu não lembro.
há só uma dor onde costumava viver uma eu inteira, só uma marca dolorida.

eu me perdi ao longo das mudanças, e continuo me perdendo. me reconstruo e viro pó, todas as vezes.
é por isso.