um vazio ocupa muito espaço.
estou numa caixinha pequena, meus braços não se movem muito, nem as pernas, nem nada. sinto as paredes nas costas, nos seios, nos braços, na nuca, nos quadris... é um caixa minúscula.
por dentro minha caixinha é sem forma, não consigo entender. por fora é bonita, colorida e com um belo laço vermelho.
me perguntam por quê eu estou na caixinha, o que eu fiz para merecer isso.
o tempo todo eu só penso "por que a caixinha tinha de ser tão pequena?"
Wednesday, March 19, 2008
Wednesday, March 12, 2008
we used to be friends
se a tua presença não fosse o suficiente, a minha imaginação supriria.
sinto apego e asco por todas essas coisas que me trouxeram até aqui, para lavar o rosto e bochechar algo que diminua a sensação de inconsequência.
apego e asco me levam a respirar esse perfume de tons vibrantes e admirar esses olhos grandes e constrangidos.
a madrugada mais clara que o dia.
sinto apego e asco por todas essas coisas que me trouxeram até aqui, para lavar o rosto e bochechar algo que diminua a sensação de inconsequência.
apego e asco me levam a respirar esse perfume de tons vibrantes e admirar esses olhos grandes e constrangidos.
a madrugada mais clara que o dia.
Evebody's got to learn Sometime.
eu sei o quando aprendi nesse tempo. não olho mais pros meus pés enquanto falo, não sou mais intimidade por esse absurdo que é acordar diariamente, não me incomodo de ter que contornar obstáculos que estão lá sem nenhuma ligação com as minhas escolhas e tenho planos!
as minhas unhas não-roidas agora tem outras cores, minha atenção é mais facilmente desviada das pessoas para meu próprio umbigo, minhas dores são mais efêmeras, e meus objetivos mais fixos. os beneficios da maturidade são muitos quando se contabiliza, mas há o Absurdo, do qual eu sempre me desvio na intenção de estar comprometida com a vida.
é como se meus pais tivessem me prometido em casamento antes de eu nascer, e agora, na vida "adulta" eu cumpro minhas responsabilidades de vivente enquanto flerto com meu eu-Absurdo.
não deixei de ver as coisas que via anos atrás, não deixei de sentir as coisas como antes, simplesmente endureci minhas escolhas, moldei, coloquei minhas vontades restritas.
mas meu pensamento estará sempre traindo a vida.
as minhas unhas não-roidas agora tem outras cores, minha atenção é mais facilmente desviada das pessoas para meu próprio umbigo, minhas dores são mais efêmeras, e meus objetivos mais fixos. os beneficios da maturidade são muitos quando se contabiliza, mas há o Absurdo, do qual eu sempre me desvio na intenção de estar comprometida com a vida.
é como se meus pais tivessem me prometido em casamento antes de eu nascer, e agora, na vida "adulta" eu cumpro minhas responsabilidades de vivente enquanto flerto com meu eu-Absurdo.
não deixei de ver as coisas que via anos atrás, não deixei de sentir as coisas como antes, simplesmente endureci minhas escolhas, moldei, coloquei minhas vontades restritas.
mas meu pensamento estará sempre traindo a vida.
Subscribe to:
Posts (Atom)